Homenagens pelo Centenário

TRIBUTO A LÚCIO MENDONÇA DE AZEVEDO
Sueli Gonçalves Miranda

Lúcio Mendonça de Azevedo, escol de raros talentos.
Amigo leal, companheiro, presto em todos os momentos.
Amante da Pátria e da família, no Direito primava pela justeza.
Defensor dos homens das enxadas, da alma pura, sertaneja.

Lúcio de Mendonça e Salvador de Mendonça, grandes escritores!
E tantos mais, figuram no rol de seus progenitores.
Graduou-se Bacharel em Ciências jurídicas e sociais
Pela destacada Faculdade de Direito na Universidade de Minas Gerais.

Admirado por todos, inspirado poeta, jornalista e literato.
Ilustre professor, contudo era um simples e não ostentava aparato.
Primeiro da cadeira 16 da Academia de Letras do Triângulo Mineiro.
Anônimo por opção, mas hoje o aclamamos: grande escritor brasileiro!

De caráter retilíneo viveu com dignidade.
Sua notável inteligência e inspiração dedicou à nossa cidade.
Homem público primou pela retidão, de Secretário a Prefeito.
Por sua dedicação lhe rendemos esse preito.

Engastada como jóia preciosa em nossa mente
Reluz a imagem do poeta ido e tão presente.
Seus versos a embalar a alma, cálidos soam.
Quais doces melodias em profusão ecoam.

Compôs a “Vida Marvada”, famosa canção rancheira,
Nos seus tempos de estudante na capital mineira.
Fez-se tão popular, essa mazurca de importância cabal,
Que refletiu a região no cenário da música nacional.

De su’alma acrisolada pela mágica poesia
Destilava rimas na mais perfeita harmonia.
Com mãos hábeis rabiscava nas páginas do tempo
Uma história de simplicidade e encantamento.

Pintalgava em rimas a natureza, exultando com as passaradas.
Apreciava o céu, salpicado de estrelas, nas noites enluaradas,
Em coro junto aos amigos cantava lindas serestas.
Encantava por sua oratória, no trabalho e inda nas festas.

Um dia, porém, partiu-se o fio de prata e sua voz silenciou.
Que momento plangente foi aquele, qual ave peregrina nos deixou.
Em, ruflando as asas no infinito azul, seu último vôo alçou.
Todo saudade o povo em um se fez, quando o vira derradeira vez.

Quebramos, hoje, o silêncio - é o centenário de seu nascimento!
Brindamos com vivas de grande alegria e terno contentamento!
Orgulhamos de sua história, de seu talento e lisura.
E honramos com seu nome nosso Palácio da Cultura.

30/03/2011


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