Homenagens pelo Centenário


Portfólio elaborado pela Biblioteca Pública Municipal, por ocasião da comemoração do centenário de nascimento de Lúcio Mendonça de Azevedo, disponível à comunidade para consulta e conhecimento de sua vida e sua obra

APRESENTAÇÃO

Neste ano, comemora-se o Centenário de Nascimento de Lúcio Mendonça de Azevedo - um escritor uberabense e personalidade estimada dentro da política, literatura e educação.

Muito reconhecido por seu domínio com as palavras, solicitado por muitas personalidades da sociedade para a elaboração de discursos, revisão de textos e composições de hinos, como foi da escolha do Hino do Centenário de Uberaba. Assim, é necessário que neste ano de Centenário de Nascimento novas gerações possam conhecer e reconhecer as contribuições que outros já fizeram pela cidade de Uberaba.

Lúcio Mendonça de Azevedo sempre participou no desenvolvimento da cidade e valorização da cultura local. Participou como fundador do Correio Cristão, periódico da época, e co-fundador da Academia de Letras do Triângulo Mineiro. Além dos diversos serviços dentro do serviço público municipal como Secretário de Governo.

Publicados após seu falecimento, por sua esposa, teve dois livros editados e uma de suas músicas reconhecida nacionalmente intitulada Vida Marvada, muito criticada pelo seu modo peculiar de registrar a linguagem falada. Foi gravada por Almirante, na década de 30.

Muitos de seus originais foram perdidos, mas sempre se manteve a característica viva da família dos Mendonça e Azevedo.

De descendência de Drummond da Escócia, amigo da intelectualidade do Rio de Janeiro e sobrinho-neto de Lúcio Mendonça, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras em conjunto com Machado de Assis.

De raríssima sensibilidade, seus escritos têm uma linguagem adjetivada, sua retórica rebuscada. Vislumbrava uma visão mais profunda do real sentido da palavra, fazendo com que o ouvinte ou o leitor reconhecesse seu sentimento por meio da palavra escrita.

O Palácio da Cultura foi inaugurado em 02 de maio de 1972. Foi instituída a lei n° 2.117 em 26/04/1971, pelo então Prefeito, Sr. Arnaldo Rosa Prata, denominando Dr. Lúcio Mendonça de Azevedo, o edifício onde se instalaria a Biblioteca Pública Municipal Bernardo Guimarães.

O Palácio da Cultura foi nomeado, mas com a reforma de 2008, o nome ficou escondido por detrás da denominação da Biblioteca Pública Municipal Bernardo Guimarães, mas esse é somente mais um dos serviços oferecidos no Palácio da Cultura Lúcio Mendonça de Azevedo. Tem-se também, dentro desta edificação a sede da Academia de Letras do Triângulo Mineiro e também o Posto Avançado do Escritório de Direitos Autorais de Minas Gerais.

Em entrevista com a Senhora Alverana, filha adotiva de Lúcio Mendonça de Azevedo, destacam-se as impressões dela durante a infância. Dentre muitas, uma em especial quando ela relata que, estando no trabalho do pai juntamente com Dona Laurencina Palmério, que era quem datilografava os documentos onde os dois trabalhavam, ele pedia para sua colega de trabalho que datilografasse sobre uma capa de revista, cuja foto era de um castelo medieval, a poema Ismália, de Alphonsus de Guimaraens. Com ele, declamando, e ela escrevendo, depois, em um gesto de gentileza e carinho, dedicou à filha a produção como um presente raro e original.

"As filhas são mais ligadas ao pai, e assim foi comigo, mesmo sendo adotiva, não foi diferente! Estou muito feliz por esta homenagem, pois meu pai estava no ostracismo e, mesmo que eu ficasse à parte, ele precisava desse reconhecimento...” Alverana – fevereiro de 2011

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