Canção da Adolescência
Letra: Lúcio Mendonça de Azevedo
Música: Alberto Frateschi (Ver partitura)
Beijam-lhe a vida as claras madrugadas,
Na iluminura boa de alvoradas,
No meigo sol azul da adolescência.
Ternas aves de amor, casta ventura,
Voam-lhe à fronte perfumada e pura,
Segredando-lhe frases de inocência.
E o mundo risonho,
Nas asas do sonho
Vai trazer, para ela, um Príncipe Encantado.
E as fadas, em bando,
Sorrindo, cantando,
Ensinam-lhe as canções do poeta enamorado.
Vem despertá-la o canto das cigarras,
Parodiando a mágoa das guitarras
Que ela ouviu na cadência das sonatas.
Mas, tem quinze anos e a existência é boa.
Adormece de novo. Ao longe, ecoa
Na alma do sonho a voz das serenatas.
Uberaba, 18/09/1956
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